Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





quarta-feira, 21 de setembro de 2011

POR ONDE DEVEMOS INICIAR A EVANGELIZAÇÃO?

 
Na carta aos Hebreus 12.16 e 17, recomenda a Palavra, que, Ninguém seja fornicário ou profano, como Esaú, que, por um prato de manjar, vendeu o seu direito a primogenitura, e querendo ele ainda herdar a benção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrima o buscou.
Esse foi o resultado pela desobediência do homem no Éden, Deus o expulsou do Paraíso que havia formado para ele viver eternamente, e colocou anjos vigiando o caminho da árvore da vida, que é o paraíso que Cristo prometeu ao homem que estava crucificado ao seu lado, pela aspersão do seu próprio sangue. Por isso, Esaú pecou, e quando veio o arrependimento, não achou lugar para alcançar o perdão.
O homem estava destituído da glória do Senhor (Romanos 3.23), e olhou Deus desde os Céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que O buscasse, e não viu um justo, nenhum sequer (Salmos 53.2 e 3), porque o homem estava morto na maldição do pecado.
Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos (Gálatas 4.4 e 5). A promessa do Messias para restaurar a Israel estava estabelecida.
Esse retrospecto visualizando o homem depois do pecado no Éden, o qual se encontrava sem lugar para arrependimento e sem esperança para a salvação, se fez necessário para elucidar o questionamento de alguns irmãos que não sabem por onde devemos iniciar a evangelização. E apesar da aparente simplicidade, o tópico é de uma profundidade extraordinária, vamos meditar na Palavra.
A princípio, hoje vivendo a era da graça, o Senhor mandou pregar o Evangelho (Marcos 16.15), porque a salvação virá pela doutrina preceituada por Jesus Cristo no Novo Testamento (I Coríntios 15.1, 2), mas o tema da pregação inicial para evangelização, é de fundamental importância para uma evangelização eficaz, pois, são os primeiros ensinamentos que irão permancecer no coração do principiante.
E meditando na palavra, conhecemos o legado do profeta João Batista, enviado de Deus como um anjo, o qual apareceu no deserto pregando o batismo do arrependimento para remissão dos pecados (Marcos 1.1-8), e foi por Deus designado à preparar o caminho que Jesus iria percorrer.
João Batista exerceu um ministério de uma grandiosidade admirável, o qual foi por Cristo considerado o maior entre os nascidos de mulher (Mateus 11.11) e o único a receber o Espírito Santo ainda no ventre da mãe (Lucas 1.39-45). O seu ministério era especificamente desbravar a trajetória do Mestre, anunciando o arrependimento, batizando e aconselhando aos pecadores que se arrependessem, para perdão dos pecados.
E no Evangelho do apóstolo João 1.28, 29, descreve que João Batista continuava batizando em Betânia, da outra banda do Jordão, viu Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
E, tendo Jesus recebido o batismo de João e ungido pelo Espírito Santo de Deus (Mateus 3.13-17), foi conduzido ao deserto pelo Espírito, jejuou por quarenta dias e quarenta noites. Sentiu fome, sendo tentado pelo diabo, o repreendeu.
Voltou Jesus para a Galiléia, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali, e o povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
Observe que o Senhor Jesus ratificou a obra iniciada por João Batista, sendo a sua primeira pregação, o arrependimento, porque era chegado o Reino de Deus (Marcos 1.14 e 15). E em Lucas 5.32, disse Jesus: Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento.
O que também confirma que a evangelização deverá ser iniciada pelo arrependimento, vem no dia de Pentecostes, Atos 2.37-39, onde Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou a multidão e, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
A palavra de Deus, instrui que ao iniciarmos uma evangelização, devemos começar pregando o arrependimento, porque pelo arrependimento, vem a conversão, pela conversão será acrescentado a fé, e través da fé o selo da promessa para a salvação da vida eterna (Efésios 1.11-13, 2.8 e Atos 16.31).
Porque o arrependimento é imprescindível à conversão, é o primeiro grande passo ao ouvir o chamado do Senhor, pelo seu Espírito Santo (Apocalipse 3.20), o qual vos convencerá à rejeição do pecado e produzirá o nascimento de uma nova criatura (João 3.1 a 7), porque o nascer de novo é a maior obra de Deus na alma humana para herdar a vida eterna.
E ao recebermos o selo da promessa para a salvação através do Espírito Santo, estamos libertos da obra do pecado, recebemos um coração novo, dotado de amor, perdão, fé, bondade, santificação e perseverança para uma vida eterna com Jesus Cristo e todos os seus santos anjos.
São inúmeras as referências bíblicas sobre o tópico, e uma das que mais se destacam consta no capítulo 3 de João, ocasião em que um príncipe judeu chamado Nicodemos foi ter com Jesus a noite, e O reconheceu como Mestre vindo de Deus para salvar o homem do pecado, porem respondeu-lhe Jesus:
Aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. Perguntou Nicodemos: Mestre como pode um homem nascer sendo velho? Por ventura poderá entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer?
Então lhe disse Jesus: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes de ter dito, necessário vos é nascer de novo.
Considerem a grandeza da sabedoria do Senhor Jesus Cristo, que não disse sobre a necessidade do novo nascimento a um ladrão, um crápula ou a uma prostituta, os quais sobrecarregados de pecado necessitavam de uma mudança radical e urgente, mas admoestou justamente a um homem de conduta ilibada, temente a Deus, religioso, zeloso da lei de Moisés, príncipe dos Judeus, o qual trazia consigo a certeza que Cristo verdadeiramente era o Filho de Deus.

Porem, para herdar a vida eterna, aquele homem, com todos esses atributos, encontrava-se nas mesmas condições dos demais pecadores, porque lhe faltava o essencial para alcançar a salvação: O arrependimento, a conversão, e a fé para sepultar o velho homem pecaminoso, e produzir o novo nascimento pela aspersão do sangue do Senhor Jesus Cristo.
O nascer da água é o arrependimento, e o nascer do espírito a conversão, a fé para crer verdadeiramente no sacrifício de Cristo na cruz, para remissão dos pecados, crer na ressurreição de Cristo para a salvação da vida eterna. Obediência aos mandamentos do Senhor Jesus para fazer somente a sua vontade e recebê-Lo como único e suficiente Salvador da sua vida.
O Arrependimento e a conversão nos fazem uma nova criatura, porque o Espírito Santo de Deus passa a habitar em nós, e nos regenera da obra da carne e do pecado. Quando despojamos da natureza pecaminosa do velho homem que jazia sob os cuidados da carne, ganhamos um novo coração, porque libertos estamos das obras da carne e do pecado. A nova criatura é inclinada para o fruto do Espírito, a santificação, provando a boa palavra de Deus, o dom celestial, sendo participante do Espírito Santo e das virtudes do século futuro.

E aquele que não nascer de novo, não pode ter domínio sobre a carne e o pecado. O velho homem, governado pela carne servindo ao pecado, estava separado da comunhão com Deus. Mas, ao nascer de novo, está liberto do poder do pecado e da morte, para viver segundo a vontade de Deus. Uma vez restabelecida a paz com Deus pelo sangue de Cristo, isto é, Deus está em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, pôs em nós a palavra da reconciliação.

No capítulo 5 da carta aos Coríntios, a palavra do Senhor descreve que conhecendo o temor do Senhor, também somos conhecidos por Deus, o qual deu o seu Filho a morrer por todos, para que os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo, porque se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

E para alcançar a salvação para a eternidade, não basta apenas ser religioso e compromissado com as doutrinas institucionais, não basta a palavra do Senhor entrar no entendimento humano ou na sabedoria material.
É preciso muito mais, é indispensável o arrependimento, a conversão, abrir a porta para Cristo entrar no seu coração para fazê-lo uma nova criatura lavada e remida no sangue do Cordeiro de Deus, porque em nenhum outro há salvação.

Deus seja eternamente louvado e o seu amado Filho glorificado.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Coisas que temos que fazer

Coisas que temos que fazer
“Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja feito como eu quero, e sim como tu queres” Mt 26:39
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No meio evangélico, principalmente se tratando do movimento pentecostal, há uma forte busca a Deus assim como o seu favor e misericórdia; isso é muito bom, pois o próprio Deus nos convida a clamarmos a Ele em oração (Jr 33.3), no entanto é necessário que todos nós tenhamos a compreensão de que Deus nos fez dotados de sabedoria e tudo que é necessário para que tenhamos também a participação no que diz respeito as coisas que nos interessam, sejam elas espirituais ou naturais. Essa verdade está descrita no salmo 32.8,9; onde Deus nos mostra que temos as nossas responsabilidades e deveres.
Fechar os olhos para essa verdade é enganar a nós mesmos. Nossas igrejas estão cheias de pessoas vazia. Há Pessoas que gostam de orar e chorar na igreja, mas não convive em paz com a sua família, outras que pulam e falam em línguas estranhas, mas não compreendem a linguagem dos filhos que estão se perdendo nas drogas. O pior é que acabam por se esconderem dos seus deveres e responsabilidades colocando a culpa em outros, fazendo de conta que está tudo bem, quando na verdade a morte está às portas.
Podemos aprender lições maravilhosas nessa passagem da Bíblia ao qual estamos fundamentados. Jesus está passando por um dos momentos mais difíceis do seu ministério, e compreende que não há mais volta “… não seja feito a minha vontade, mas sim a sua”. Há momentos em nossa vida que nos vemos dessa forma, sem saída, sem retorno, apenas a realidade à nossa frente, e em momentos como esse Deus nos ensina verdades eternas e libertadoras para aqueles que desejam andar na verdade.
A primeira lição que Jesus nos ensina é que nós precisamos cumprir a nossa missão, precisamos concretizar aquilo que Deus nos confiou e nos capacitou a fazer. Jesus se lança de joelhos no chão e ora ao Pai dizendo: Pai, eu sei que essa é a minha missão, foi para isso que Tu me enviaste, e aqui estou, vai ser difícil, vai ser doloroso, mas o que importa é cumprir a minha missão e glorificar o Teu nome. Jesus tinha consciência de que estava terminando aquilo que o Pai havia dito a ele para fazer, e esse era o seu alvo e sempre foi, cumprir a missão que recebera do Pai. Ele conseguiu, morreu naquela cruz para salvar a humanidade. Qual é a sua missão? Todos nós temos algo a fazer na obra de Deus, e não há missão pequena para Deus. Precisamos cumprir a nossa missão, mas para cumprimos a nossa missão precisamos saber qual é essa missão. Jesus sabia qual era a sua missão, Ele disse: Eu vim para dar a vida por vocês, para ser levantado no madeiro da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto (Jo 3: 14). Paulo também sabia qual era sua missão e estava convicto de que nada o deteria nessa caminhada (At 20.24).
Saber qual é a sua missão é indispensável para que você a complete. Quando você sabe qual é a sua missão, você descobre qual é o caminho que você deve percorrer. Isso lhe direciona, lhe protege e fortalece, pois por mais difícil que seja o caminho, há uma certeza no seu coração de que você está na direção certa. Quando você sabe qual é a sua missão, você descobre qual é a arma que deve usar, quais as ferramentas que serão necessárias. Deus tem te dado dons para que você, use-os no cumprimento da sua missão, e esses dons só serão úteis se você estiver no lugar certo. Quando você sabe qual é a sua missão, descobre quem são os seus inimigos, pois todos aqueles que ouvirem de você a sua missão, não aguentarão ficar do seu lado, manifestarão a inveja, e tentarão de todas as maneiras te impedir de concretizar a sua missão. Descubra qual é a sua missão, e mais importante do que isso, conclua a sua missão para louvor e glória do Senhor. Jesus glorificou o Pai “eu te glorifiquei na terra…”, e depois deu a receita para nós, “cumprindo a missão que me deste para fazer” (Jo 17.4).

Em segundo lugar precisamos ter consciência do preço a ser pago. O evangelista Lucas fala-nos de gotas de sangue que corriam no rosto de Jesus (Lc 22:44).
 Uma agonia profunda, destruidora, pois estava prestes a receber o cálice da dor da separação. É comum vermos pessoas pregando e ensinando que o cálice ao qual Jesus se referia era a própria cruz, como se Jesus estivesse com medo de morrer. Esse pensamento é facilmente refutada, basta olharmos para o livro dos Atos dos Apóstolos, onde lemos a alegria dos discípulos ao padecer pela causa do evangelho. Os livros de história da Igreja vão nos contar, como por exemplo, História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia, que relata o martírio de vários homens de Deus, entre eles o apóstolo Tiago, Policárpio, discípulo do apóstolo João e outros mais. Todos eles foram entregues a morte, cortados ao meio, queimado vivo como Policárpio, mas em nenhum momento pensaram em desistir, ou negar o evangelho com medo da morte, antes, glorificaram a Deus com as suas vidas entregues nas mãos dos carrascos. Sendo assim, como poderia o autor da fé, Jesus, que outrora disse “ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente” (Jo 10:18)
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O cálice que Jesus temia era ter que ficar longe do Pai, pois naquele momento, na cruz, onde todos os pecados do mundo estavam sobre Ele, as trevas encobririam o seu rosto do Pai. Ainda assim, Ele suportou a dor, e triunfou sobre a morte assentando-se a Destra de Deus (Fp 2:5-11; Hb 12:2).
 O preço teve que ser pago na vida de Jesus e também terá que ser pago na nossa vida. Não um preço de salvação, pois essa é dom de Deus, mas o preço da unção, da intimidade, da obediência. O que Deus tem te pedido especificamente? Sansão tinha um preço a pagar, a saber, o segredo da sua força. Daniel orava três vezes ao dia, Paulo carregava na sua carne um espinho que lhe atormentava. O que Deus tem te pedido? Será que Ele requer mais dedicação da sua parte? Será que você ainda não aprendeu a confiar Nele e depender somente Dele? Eu tenho um preço a ser pago, e é milhões de vezes menor do que o preço que Jesus pagou por mim. Como diz um amigo meu, “não posso fazer barato por que Deus pagou muito caro”.
Por fim, Jesus encerra sua oração dizendo “não seja feito a minha vontade, mas a Tua”. Aprendo aqui que nós, assim como Jesus, precisamos confiar em Deus até o fim. Se Jesus tivesse feito tudo quanto fez nos dias do seu ministério, mas tivesse deixado de acreditar que Deus estava com Ele e que jamais o deixaria, sua missão não teria tido um significado pleno. Muitas vezes somos vencidos pelo cansaço, começamos muito bem, eufóricos, cheio de gás e disposição, mas com um tempo começamos a nos perguntar se verdadeiramente vale à pena. Maravilhoso é cruzar a linha de chegada e como Paulo dizer “combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”(2Tm 4:9).
Muitos que apareceram por aí correram bem, combateram melhor ainda, mas o principal foi perdido no meio da viagem, não foram capazes de guardar a fé. A verdade é que não importa muito como você começa, se fraco, se temente, vagaroso; o importante é como você termina. Você pode até começar inconstante como Pedro, mas permita ser tratado por Deus e transformado numa rocha poderosa. Se você ainda se senti como ‘Jacó’, não pare de sonhar com os planos de Deus para sua vida e lute até o raiar do sol pela benção da restauração.
Termino esse texto orando para que Deus lhe dê visão e firmeza na sua missão, que a graça do Senhor superabunde em sua vida para que possa suportar o preço a ser pago, e que depois de ter feito tudo, o Senhor te encontre de pé, como bom soldado de Cristo. “Seja fiel até o fim, e eu te darei a coroa da vida.

Fonte: Estudos Góspel+ (Tarcísio Alves )