Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





sexta-feira, 25 de abril de 2014

Uma Palavra Temperada



"A vossa palavra seja sempre com graça, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um." (Cl 4:6)

A Bíblia nos ensina que devemos dosar e medir o que falamos. No muito falar vêm as palavras tolas. A nossa palavra deve ser temperada com sal, ou seja, deve ter uma medida, pois o sal em pequena ou grande quantidade pode estragar o alimento, roubar-lhe o sabor e, conseqüentemente, a apreciação devida.

Dosar as palavras

A Bíblia nos dá uma receita de equilíbrio: O néctar que Jesus comia para discernir entre o bem e o mal, profetizado em Isaías 7:15. Ele sempre tinha em sua boca uma palavra de amor e edificação. Jesus cuidava das pessoas, ministrava amor e cura a todos que vinham a Ele. Como Seus filhos, a promessa é que faríamos coisas maiores do que Ele. Porém, como vamos fazer se não tivermos uma boa medida de palavra?!

Não devemos comer muito mel é o que está escrito em Provérbios 25:27. Quem come muito mel ou qualquer outro tipo de alimento pode passar mal, perder a medida do equilíbrio e sair do discernimento, perdendo, assim, a harmonia.

Nossas palavras devem ser dosadas. Devemos olhar e vigiar em relação à quantidade de mel que estamos ingerindo. Muito mel pode nos causar náuseas. Às vezes estamos falando com as pessoas, liberando palavras e achando que está tudo bem, mas na realidade nossas palavras estão fora do ponto.

O mel pode ser comparado ao açúcar que, se for em excesso, é prejudicial, assim como o sal. Tanto o mel quanto o sal são indicativos de que existe uma dosagem que não pode ser demasiada e nem escassa.


O exemplo de Jesus

A Bíblia diz que Jesus comia a quantidade exata de mel e manteiga para discernir entre o bem e o mal. Tudo o que o Senhor nos dá é por medida. "Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem". (Is 7:15). O mel traz ajuste e discernimento; o discernimento traz entendimento; o entendimento traz visão. Deus quer que os Seus filhos tenham entendimento aberto para não estragarem um processo.

Mateus 5:13 diz que somos o sal da terra e que, como sal, não podemos nos tornar insípidos. Somos sal para dar sabor. Quando o sal perde o sabor, para nada mais serve. Então, tudo o que formos fazer deve ter um sabor equilibrado. Deus quer trazer uma unção de medida e equilíbrio sobre nós. Precisamos falar do Reino, da vida de Deus e vermos o resultado nas pessoas que se encherão na medida e receberão a palavra com alegria. Tudo o que formos fazer deve ter sabor equilibrado.

Devemos aprender a falar menos de nós e mais do Senhor, submetendo-nos ao tratamento que nos é proposto nas células através do discipulador, pois o discipulado possui princípios.

Somos tratados quando abrimos o entendimento, recebemos o discernimento entre o bem e o mal. Precisamos entender que Jesus é o centro do propósito e que convém que diminuamos para que Ele cresça cada vez mais em nós.


Autor: Apóstolo Renê Terra Nova

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Os Inimigos da Oração



 
“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.1-4).


 Existem seis armas terríveis que o Diabo usa para paralisar a vida de oração dos crentes:


1. Cansaço!

Como é paralisante o cansaço que o impede de perseverar na oração! Mas é justamente na oração que você supera esse estranho cansaço, pois a Bíblia diz: “Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is 40.29,31). Entregue-se à oração, e você encontrará o descanso verdadeiro.


2. Distração!

Você não consegue se concentrar? Outros pensamentos vêm à sua mente quando você quer orar? Durante a oração, de repente você percebe que seus pensamentos estão bem longe? Essas são armas do inimigo que você derrota orando em voz alta. Davi diz no Salmo 55.16-17: “Eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará. À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz”. Ore com voz forte e audível, e as distrações não terão poder sobre você!


3. Inquietação interior

Uma inquietação inexplicável tomou conta de você? Justamente dessa inquietação é que você pode se livrar quando ora. Seja qual for a causa – pecado, nervosismo ou incredulidade – a Bíblia diz: “Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado” (Sl 55.22). E mais: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.11). Somente na oração você receberá ajuda para se libertar da inquietação de seu coração.


4. Pressa

A arma que Satanás provavelmente usa com mais sucesso contra os que querem orar é a pressa. O que diz a Escritura em Eclesiastes 8.3a? “Não te apresses em deixar a presença dele.” Não devemos ter pressa em deixar a presença do Senhor. Qual é a causa de sua pressa? A montanha de trabalho que espera por você! Seu trabalho parece não ter fim? Mas é justamente na oração que você recebe as condições para fazer seu trabalho bem feito e com rapidez. Quanto mais tempo você ora, mais trabalha. Sei muito bem que isso contraria nossa lógica, mas milhares de experiências confirmam essa receita, e a Bíblia diz em Isaías 55.2-3a: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá.” Através da oração constante, suas tarefas diárias serão supridas pelas fontes divinas de força. Admirado, você reconhecerá que o tempo que passou em oração fervorosa foi a melhor maneira de usar seu tempo, e a terrível arma da pressa terá perdido seu poder destrutivo sobre você.


5. Desânimo

O desânimo é uma arma que neutraliza muitas pessoas que oram. Desânimo é começar e parar. Desanimar é não olhar para longe o suficiente. A Bíblia diz: “Olhando firmemente para Jesus”. Esse olhar para cima, para Jesus, é desviar o olhar das coisas visíveis ao nosso redor e voltá-lo para Jesus – voltar-se para Ele orando! Você está desanimado por causa de sua fraqueza espiritual, desanimado por seus fracassos, desanimado pela dureza de coração das pessoas, desanimado pelas tristes circunstâncias em que vive? Paulo exclama em 2 Coríntios 4.8 que em tudo ficamos “perplexos, porém não desanimados”. Por quê? Porque ele era um homem de oração. Isaías conclama: “Fortalecei as mãos frouxas e firmai os joelhos vacilantes. Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem e vos salvará” (Is 35.3-4). Existe apenas um meio de nos livrarmos do desânimo e do desalento em nosso coração: através da oração. Enquanto escrevo estas linhas, parece que poderes das trevas tentam me impedir de dizer as coisas como elas são. Sei que Satanás faz todo o possível para deixar você tão desanimado a ponto de não conseguir crer que a oração de fato lhe abre as fontes divinas. Mas em Nome de Jesus esses poderes estão derrotados! Suplico a você que está desanimado: Ore! Faça hoje um novo começo! Diga em voz alta: “Eu escolho a vontade de Deus e, em Nome de Jesus, rejeito a vontade de Satanás”. A vontade de Deus é que você ore. A vontade de Satanás é que você se cale.


6. Preguiça

A preguiça é uma arma traiçoeira que Satanás usa contra aqueles que desejam se tornar pessoas de oração. É a arma da carne, a sensação de impotência. Você se ajoelha, quer orar, mas não consegue dizer uma única palavra. Tudo parece muito difícil. A carne não consegue orar. Como você consegue se livrar dessa incapacidade e dessa preguiça? A resposta é: ore com a Bíblia! Leia em voz alta as promessas que falam da oração. Jesus disse: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis, batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). Diga simplesmente a Deus: “Senhor, não consigo pedir, mas Tu dizes na Tua palavra que eu devo pedir, pedir com perseverança”. Exponha a Ele toda a sua miséria. Não fique calado! E enquanto você fala com Ele e lê Sua Palavra, de repente perceberá a faísca da oração acendendo seu coração, fazendo desaparecer sua preguiça e sua indolência, e suas orações alcançando o trono da graça.
| Autor: Wim Malgo

terça-feira, 15 de abril de 2014

Por que os evangélicos não fazem o sinal da cruz?

A origem do sinal da cruz

A origem do sinal da cruz é desconhecida. Provavelmente foi feita pela primeira vez na testa dos que estavam sendo batizados. Parece que as pessoas começaram a realizar esse ritual durante as primeiras liturgias, em seguida, levada à prática para a vida cotidiana.
Com o tempo, essa prática tornou-se um simbolismo do cristão até o protestantismo. Baseado em descrições iniciais, podemos inferir que o gesto era realizado com um dedo traçando um T ou um X na testa . Possivelmente, os primeiros cristãos tomaram como sugestão de Gênesis 4:15, Ezequiel 09:04, e Apocalipse 14:01 e 22:04. Em seguida, o gesto tomou formas mais elaboradas, com dois dedos usados ​​para indicar as duas naturezas de Cristo ou três dedos para indicar a fé na Trindade.

Embora a origem do sinal da cruz seja obscura, é evidente que os primeiros cristãos viram isso como uma parte integrante de uma tradição antiga, pois fora mencionado por Tertuliano cerca de 200 depois de Cristo e depois por Basílio, o Grande por volta de 350 depois de Cristo.
Com isso em mente, entendemos que não é algo dos dias de hoje, ou seja, esse “rito” vem sendo realizado no mínimo por mais de 1700 anos.

O significado do sinal da cruz

Tertuliano descreveu que os primeiros cristãos realizavam esta prática em suas atividades normais do dia-a-dia na tentativa de consagrar todos os aspectos de sua nova vida em Cristo.
A cada passo dado, ao entrar e sair, quando colocamos nossas roupas e sapatos, quando tomamos banho, quando nos sentamos à mesa, quando acendemos as lâmpadas, no sofá, no banco, em todas as ações ordinárias da vida diária, traçamos na testa o sinal. (De Corona Capítulo 3)
Dois séculos mais tarde, Cyril (c. 310-386), patriarca de Jerusalém, exortou os catecúmenos a incorporar o sinal da cruz na vida cotidiana. A ideia era não ter vergonha em esconder a sua fé em Cristo, mas para ser testemunhas ousadas para Cristo fazendo o sinal da cruz publicamente.

O sinal da cruz e o protestantismo

No Confissão escocesa de 1560 – Capítulo 20 foi feito um comentário sobre a necessidade de mudar as cerimônias “supersticiosas.” Na Segunda Confissão Helvética (1566) Capítulo 27 havia uma desaprovação mais explícita.
Não há nenhuma proibição contra o uso do sinal da cruz como um protestante. No entanto , não há mandamento bíblico para usá-lo também.
O protestantismo tem como premissa se basear apenas na Bíblia, deixando tradições humanas de fora do cotidiano, por essa razão acabou sendo difundida a ideia de que o sinal da cruz não é necessário e não tem um objetivo, o que de fato é verdade.

Conclusão

Embora exista uma controvérsia de pensamentos em relação a esse assunto, acredito que o respeito a religião do próximo pode ser respeitada nesse caso, não existem motivos suficientes para quem faz repreender quem não faz e vice-versa. Porém devemos ter cuidado com ritos, e misticismo para que não coloquemos fé no ato, mas apenas em Cristo.

Fonte: Bíblia comentada